sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020
FRANÇOIS TRUFFAUT - O CINEMA É MINHA VIDA
Brunno Rodrigues, Patrícia Niedermeier e Cavi Borges ombreados pelos gigantes François Truffaut e Jean-Pierre Léaud (Foto Divulgação) |
Apresentação do Espetáculo: Patrícia Niedermeier e Jean-Pierre Léaud (Foto Divulgação) |
IDA VICENZIA
(da Associação Internacional de Críticos de Teatro – AICT)
(Especial)
Muito prazer, Patrícia Niedermeier! Tivemos ocasião de assisti-la no belo espetáculo ‘François Truffaut – o cinema é minha vida’, do projeto ‘A Peça-Filme’. Trata-se de uma aproximação do cinema com o teatro. Ou melhor, uma aproximação das várias linguagens artísticas, entre elas o teatro-dança. Sim, estamos na presença de Niedermeier, uma bailarina-atriz!
Ou, como nos indicam Cavi Borges e o roteirista e também idealizador do projeto, Rodrigo Fonseca - o espetáculo ‘minha vida’ é uma aproximação entre cinema e teatro, buscando atrair os amantes de cinema que não curtem teatro, e vice-versa. Boa pedida.
A direção também é de Cavi Borges e Rodrigo Fonseca. Este último é autor do texto e alterna, em dias variados, com Brunno Rodrigues (encarregado da projeção das cenas/teaser e making of), no papel de memória afetiva (entrevistador?), de Patrícia/François Truffaut! Sim, Rodrigo Fonseca também entra em cena no papel de entrevistador, mas na noite em que assistimos ao espetáculo Brunno era o personagem, e ele se dirige a Patrícia Niedermeier/ François Truffaut em uma espécie de ‘evocador de memorias’, (estimulador?), da vida do cineasta. Brunno cumpre seu papel de maneira charmosa.
O espetáculo ‘FRANÇOIS TRUFFAUT – o cinema é minha vida’ capta momentos do cineasta lutando com sua inadequação para a vida, até a descoberta do cinema e da sua comunicação com o mundo, através dele. Assim, ouvimos Patrícia/ Truffaut se lembrar dos momentos em que estava procurando saber quem era. Para recuperar o momento sublime, só recuperando as cenas que são tecidas pelos filmes de Truffaut e pelo texto de Rodrigo Fonseca.
Aliás, este texto deve muito, também, às pesquisas de Cavi Borges em sua videoteca Cavídeo (e na internet), estimulando cenas inesquecíveis. Lembramos Antoine Doinel (Jean-Pierre Léaud), o ator que dá vida à obra de Truffaut, o famoso alter-ego do cineasta, abrindo para o público a descoberta do menino ator, em sua primeira entrevista com Truffaut, e nas cenas dos filmes que se seguiram! Aliás, o texto de Fonseca é uma epifania à obra de Truffaut... A presença de Doinel menino, na tela, se reproduz também na interpretação de Patrícia Niedermeier, ao vivo, no espaço teatral. Eis uma bela concepção de espetáculo.
Aliás, este texto deve muito, também, às pesquisas de Cavi Borges em sua videoteca Cavídeo (e na internet), estimulando cenas inesquecíveis. Lembramos Antoine Doinel (Jean-Pierre Léaud), o ator que dá vida à obra de Truffaut, o famoso alter-ego do cineasta, abrindo para o público a descoberta do menino ator, em sua primeira entrevista com Truffaut, e nas cenas dos filmes que se seguiram! Aliás, o texto de Fonseca é uma epifania à obra de Truffaut... A presença de Doinel menino, na tela, se reproduz também na interpretação de Patrícia Niedermeier, ao vivo, no espaço teatral. Eis uma bela concepção de espetáculo.
A equipe técnica é de primeira. Iluminando o pequeno espaço (20 lugares) do Estação Botafogo, temos Luiz Paulo Nenem, em sua concepção minimalista e concentrada. O Design da operadora é realizado pela Rosebud (não é por nada, não, mas este pessoal adora cinema, até Orson Welles entrou na dança!). A Produção Logística é de Marina Trindade. Com Assessoria de Imprensa de Guilherme Scarpa e Fábio Dobbs. O espetáculo é apresentado aos sábados e domingos, somente. NÃO PERCAM!
terça-feira, 4 de fevereiro de 2020
CLÁSSICOS DO TEATRO - ARTHUR AZEVEDO
IDA VICENZIA
(da Associação Internacional de Críticos de Teatro – AICT)
(Especial)
A diretora Maria Rita Rezende encontrou uma maneira arejada, e criativa, de trazer o nosso Arthur (ou será Artur, na nova grafia?) Azevedo, para o convívio do século XXI. E assim podemos assistir, às segundas feiras, e no horário das 20h, os alunos do curso de Interpretação - criado por Mariozinho Telles em seu Teatro de Roda - reproduzirem situações hilárias, orientadas pelas mãos e pela imaginação de duas atrizes/diretoras, Maria Rita e Luciana Albertin, que divertem o público com uma versão popular do teatro de costumes de Arthur Azevedo. Trata-se de jogos teatrais do Projeto “Clássicos de Teatro”, criado por Mariozinho, vivo no simpático Espaço Rogério Cardoso, da Casa de Cultura Laura Alvim.
...E La Nave Va!
Com alunos dos 18 a 80 anos, o clima é de total interrelação entre o objetivo alcançado (representar o espírito carioca do início do século XX), e o convívio, sempre agradável, com as diferenças, inclusive as do público... e a disposição do elenco de se entregar a esta rica experiência! Há, no Teatro de Roda, o grupo dos alunos, como Carol Martins, Lucia Farias (uma excelente comediante), Lenilson de Mello, e outros, que fazem uma apresentação minimalista, recorrente, de cenas do cotidiano, entre namoros e fofocas da vizinhança, que já não existem mais, em nossos tempos cibernéticos! E o que fazem estes espíritos transeuntes? Dançam modernas e maliciosas danças, e se arrepiam estrepitosamente, para espanto e delícia do público que os rodeia. Sim, os rodeia, porque o Espaço Rogério Cardoso é mínimo - e acolhedor - como sabemos!
Este mesmo grupo do Teatro de Roda ensaia (e monta) Shakespeare, por exemplo! Seu último Romeu e Julieta foi simpaticíssimo, e agora eis que se prepara – feito pelos atores já formados, do grupo – uma Megera Domada!
NÃO PERCAM ESTE ARTHUR AZEVEDO! A MÚSICA É BOLADA POR ELES, E OS MOVIMENTOS TAMBÉM. TUDO REGIDO POR MARIA RITA E LUCIANA ALBERTIN – QUE MARCAM O COMPASSO COM ATENTA DIREÇÃO.
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