IDA VICENZIA
(da Associação Internacional de
Críticos dc Teatro
- AICT)
(Especial)
Gilson de Barros em
“Riobaldo” no Teatro Amir Haddad (Foto Paula Máiran)
1* FESTIVAL DE TEATRO AMIR HADDAD
Desde que se iniciou o primeiro Festival de Teatro Amir Haddad,
situado no antigo casarão do Tá na Rua, em frente aos Arcos da
Lapa, o teatro com AMOR e ARTE foi relembrado.
E, à noite
do 3 de julho de 2023, uma segunda
feira, na interpretação de Claudia Abreu
com “Virginia” (Woolf) estava inaugurado o teatro!
... E as cercanias do teatro e, claro, o seu interior:: do dia 3 de julho até dia 16 do
mesmo mês, quando do final do Festival - estarão lotados de celebridades - e de
artistas que ainda não “chegaram
lá”.
... E DE
AMANTES DO TEATRO!
Desta vez foi-nos dado assistir ao segundo espetáculo do
Festival, o belíssimo RIOBALDO, inspirado em “Grande Sertão Veredas”, de Guimarães Rosa, interpretado
pelo excelente ator Gilson
de Barros, em um monólogo
poderoso, na fala sertaneja de Riobaldo Tatarana . O ator foi “desenferrujado” pelo grande artista, ator, e diretor de atores que é Amir Haddad!
Não podemos estar em melhor companhia.
Saudemos :: para
não esquecer - foi no dia 7 de julho de 2023 - a apresentação
de Gilson de Barros! Foram apresentações de só um dia, que se
complementam até dia 16 de julho, no final
do Festival, com interpretações das mais
variadas, com os mais variados atores.
Podemos assistir a uma estreia a cada dia!
... E chegamos à conclusão que os orientais são artistas de grande talento. Tivemos, no Brasil, Antonio Abujamra, um sírio-libanês que foi (e é) a luz dos atores e das montagens teatrais. E temos o oriental, descendente de árabes, Amir Haddad, outra glória do nosso teatro! A ilustre dama-atriz, Fernanda Montenegro, quando vai estrear algum trabalho, diz que irá se encontrar com o “desenferrujador” de atores, Amir Haddad !.
Boutade ou não,
tal afirmação é verdade absoluta. Nosso diretor, agora, transformou o casarão da Lapa, aonde
funciona o grupo Tá Na Rua, em um Teatro - onde
organiza, e organizará Espetáculos,
Oficinas, Exposições, Filmes, e o que
mais vier !!!
Mas passemos ao espetáculo “Riobaldo”,
no estilo de Guimarães Rosa, sem paradas ou explicações. Riobaldo Tatarana (Gilson de Barros) , um jagunço do sertão
mineiro, reconta, em uma linguagem de não parar ,
sua vida naqueles sertões para as bandas de Curvelo e outros sertões:
“O gerais corre em volta”,
explica Riobaldo.
E Guimarães Rosa começa sua epopeia
sertaneja: :
-
Nonada. Tiros que o senhor ouviu forma de briga de homem não, Deus
esteja” . . .
E , depois de cotejar mais das 500 páginas do livro, vamos encontrar
nosso Riobaldo/Gilson às voltas com o
seu encontro com o destino. Aqui tomamos a
liberdade de citar uma frase de Diadorim não encontrada no falar de Riobaldo,
no monólogo da Festival do Amir, porém muito esclarecedora - quando Diadorim/Reinaldo diz ::
- Riobaldo, eu gostava que você pudesse ter nascido parente meu...”
O monólogo vai se aproximando da
morte de Hermógenes, o bandido que havia matado o pai de Diadorim, Joca Ramiro.
Enfim, querer entrar na história desse Grande Sertão não é missão para uma breve
crítica que fala sobre a peça. O amor dos dois, como sabemos, não se transformou,
mas foi surpresa, para Riobaldo, encontrar seu amigo/irmão ... morto ... . Somente
então Riobaldo conheceu seu amigo Reinaldo vivendo sua vida em um corpo de
donzela!
Finalizamos com a bela frase de Riobaldo, aplicada também por Amir, quando
comentou o que acabara de assistir, Gilson de Barros se confrontando com o amor .
Assim diz Amir, e assim diz também Riobaldo ::
“Qualquer amor é um descanso
da loucura”.
E assim fechamos o encontro que
tivemos com este belo monólogo.
Pergunta – se :: Ele
ficará em cena, Riobaldo/Gilson, aqui no nosso Rio de Janeiro? Bem que seria bom !!!
Possuímos um belo
programa, esclarecedor do que acontecerá
até o dia 16 de julho,
último dia do Festival .
NÃO
DEIXEM DE CONHECER
O PRIMEIRO FESTIVAL
DE TEATRO
AMIR HADDAD ! ! !
FICHA TÉCNICA:
Direção: Amir
Haddad
Idealização e Curadoria: Máximo Cutrim
Coordenação: Maria Helena da Cruz
Direção de Produção :
Maria Ines Vale
Figurino : Renata
Batista
Video: Fabio Pereira
e Evandro Castro Neto
Fotografia: Marcos Batista e
Mariana Pégas
... e
muitos outros !
É BOM VER
BOM TEATRO !!!
Eis a Crítica!
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