Atualmente o Teatro de Roda é convidado - com seu espetáculo "Roda da Democracia" - para abrir os eventos do "Movimento Brasil Popular". Convite muito bem aceito, e em boa hora! Hoje são os artistas e o público, se movimentando pela Democracia em nosso País.
IDA VICENZIA
(da Associação
Internacional de Críticos de Teatro - AICT)
(Especial)
TEATRO DE RODA
"SAMBA-LELÊ"
A GRANDE (E SÉRIA)
BRINCADEIRA!
Mariozinho Telles e Maria Rita Rezende
fazem uma dupla muito ativa, que consegue levar com eles, em seu "Teatro
de Roda", uma turma de participantes, que compartilha, de maneira esperta
e criativa, de todas as suas brincadeiras. Elas são lideradas - e pensadas -
por Mariozinho Telles. Qual "Flautista de Hamelin", ele vai
encantando, com sua voz de comando, as crianças que o seguem, de olhos bem
abertos e atenção compartilhada. É uma delícia vez como aqueles meninos e
meninas acompanham o "Teatro de
Roda", extasiados (e alguns assustados), com aquele vai-e-vem da roda
humana em seu caminho, homens e mulheres construindo personagens.
Assim, sucessivamente, vemos brotar das
historias o "príncipe casadoiro" que está na roda e é chamado para
conhecer a sua princesa, e sai correndo (pequenino e espectador) como se perseguido
fosse pelo próprio diabo! Ele tem medo da princesa! E todos se enternecem,
porque é tudo muito libertador (inclusive para a criança, que percebe que não
está sendo perseguida pelo diabo!). O susto que acontece, com uma criança,
acontece com todos nós! ... Mas foi só um susto, nesta roda.
Há as que fogem, e há as que enfrentam as
situações novas. Os pais carregam consigo "a criança que foram um dia"
- e divertem-se, estimulando seus filhos a enfrentarem as novas situações.
E quais são, essas novas situações?
Elas se impõem, como as narrativas
introduzidas neste "Samba-Lelê" - ou "O Belo Rei", ou ainda,
"A Linda Rosa".... A "interação lúdica", que brota do espetáculo,
traz a alegria do "estar junto" de mãos dadas, rodando a roda, e cantando: "encenando"
as velhas/novas historias. O estar junto desenvolve nas crianças (e nos adultos)
uma sensação de "pertencimento". Sim, principalmente para as crianças.
Com que entusiasmo elas percebem, (e respondem), às novas situações apresentadas!
É irresistível
ver um espetáculo onde os atores interpretam, juntamente com as crianças, a
verdade que as crianças impõem. Elas fazem tudo "para valer", com grande
envolvimento. O que pensamos que é "brincadeira",
para a criança é a sua grande verdade. Elas olham tudo com espanto. Pena que
elas mudem tanto. Não deviam. É bom carregar a criança que temos dentro de nós,
para a vida toda. Pois não é que a dupla Mariozinho Telles e Maria Rita Rezende (e os
atores que compõe o seu núcleo), conseguiram fascinar as pessoas,
principalmente as crianças, para essa brincadeira de vida? E o grupo não para,
tendo o seu núcleo para reflexão acontecendo na Casa de Cultura Laura Alvim,
onde Mariozinho Telles forma atores. Sucesso sempre, para este excelente - e
sutil - trabalho!
Ida, você consegue sempre manifestar em palavras impressas o conteúdo, a essência de um espetáculo. Como é bom ler seus textos generosos em emoção. E que bom esse texto sobre o trabalho do amigo Mariozinho Telles, pessoa extremamente sensível. Graças por tudo isso.
ResponderExcluirObrigada, amigo!
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