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quarta-feira, 4 de maio de 2016

"TEATRO DE RODA" - ESPETÁCULO "SAMBA-LELÊ"

Historias do "Teatro de Roda", iniciativa e dramaturgia de Mariozinho Telles (no centro da foto). Está na Roda o espetáculo "Samba-Lelê", de sua autoria, baseado em cantigas populares. Uma delícia de espetáculo! À direita de Mariozinho vemos, de camisa e calça brancas, e suspensório de seda colorida, o    "Pai Francisco" - pai de Lelé - interpretado pelo ator Guilherme Salvador. Ao centro, a menina  Lelé (Roberta Mancuso), e sua "mamã", a "Dona-da-Casa-cheia-de-rolinhos-na-cabeça representada pela atriz Maria Rita Rezende. Cercando atores, e "brincando de roda", os pais dos meninos, com suas mães e amigos - todos admiradores e participantes do espetáculo. Esta foto é do dia em que ele foi realizado no Jardim Botânico, no espaço do Teatro Tom Jobim (exterior). (Foto Divulgação).

Atualmente o Teatro de Roda é convidado - com seu espetáculo "Roda da Democracia" -  para abrir os eventos do "Movimento Brasil Popular".  Convite muito bem aceito, e em boa hora! Hoje são os artistas e o público, se movimentando pela Democracia em nosso País.  

                        IDA VICENZIA
(da Associação Internacional de Críticos de Teatro - AICT)
(Especial)

TEATRO DE RODA
"SAMBA-LELÊ"
A GRANDE (E SÉRIA) BRINCADEIRA!

    Mariozinho Telles e Maria Rita Rezende fazem uma dupla muito ativa, que consegue levar com eles, em seu "Teatro de Roda", uma turma de participantes, que compartilha, de maneira esperta e criativa, de todas as suas brincadeiras. Elas são lideradas - e pensadas - por Mariozinho Telles. Qual "Flautista de Hamelin", ele vai encantando, com sua voz de comando, as crianças que o seguem, de olhos bem abertos e atenção compartilhada. É uma delícia vez como aqueles meninos e meninas  acompanham o "Teatro de Roda", extasiados (e alguns assustados), com aquele vai-e-vem da roda humana em seu caminho, homens e mulheres construindo personagens.
     Assim, sucessivamente, vemos brotar das historias o "príncipe casadoiro" que está na roda e é chamado para conhecer a sua princesa, e sai correndo (pequenino e espectador) como se perseguido fosse pelo próprio diabo! Ele tem medo da princesa! E todos se enternecem, porque é tudo muito libertador (inclusive para a criança, que percebe que não está sendo perseguida pelo diabo!). O susto que acontece, com uma criança, acontece com todos nós! ... Mas foi só um susto, nesta roda.
     Há as que fogem, e há as que enfrentam as situações novas. Os pais carregam consigo "a criança que foram um dia" - e divertem-se, estimulando seus filhos a enfrentarem as novas situações.
    E quais são, essas novas situações?
    Elas se impõem, como as narrativas introduzidas neste "Samba-Lelê" - ou "O Belo Rei", ou ainda, "A Linda Rosa".... A "interação lúdica", que brota do espetáculo, traz a alegria do "estar junto" de mãos dadas, rodando a roda, e cantando: "encenando" as velhas/novas historias. O estar junto desenvolve nas crianças (e nos adultos) uma sensação de "pertencimento". Sim, principalmente para as crianças. Com que entusiasmo elas percebem, (e respondem), às novas situações apresentadas!
    É irresistível ver um espetáculo onde os atores interpretam, juntamente com as crianças, a verdade que as crianças impõem. Elas fazem tudo "para valer", com grande envolvimento. O que  pensamos que é "brincadeira", para a criança é a sua grande verdade. Elas olham tudo com espanto. Pena que elas mudem tanto. Não deviam. É bom carregar a criança que temos dentro de nós, para a vida toda. Pois não é que a dupla Mariozinho Telles e Maria Rita Rezende (e os atores que compõe o seu núcleo), conseguiram fascinar as pessoas, principalmente as crianças, para essa brincadeira de vida? E o grupo não para, tendo o seu núcleo para reflexão acontecendo na Casa de Cultura Laura Alvim, onde Mariozinho Telles forma atores. Sucesso sempre, para este excelente - e sutil -  trabalho!

2 comentários:

  1. Ida, você consegue sempre manifestar em palavras impressas o conteúdo, a essência de um espetáculo. Como é bom ler seus textos generosos em emoção. E que bom esse texto sobre o trabalho do amigo Mariozinho Telles, pessoa extremamente sensível. Graças por tudo isso.

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