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sexta-feira, 29 de março de 2019



"O LAGO DOS CISNES"


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Juliana Martins interpretando Odile em "O Lago dos Cisnes", direção de
Alexandre Lino
(Foto de Janderson Pires)
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Juliana Martins interpretando Odette, em "O Lago dos Cisnes", texto de
Daniel Porto
.  (Foto de Janderson Pires).
IDA VICENZIA
(da Associação Internacional de Críticos de Teatro – AICT)
(Especial)
     Que ideia tão linda! “Sou planta, sou  gente? De que mundo surgi?” – e lá vai ela, nas janelas dos ônibus, nos cartazes do teatro, chamando a atenção de quem adora ballet!  É a imagem de Odette, do “Lago dos Cisnes”, de Tchaikovsky!

     Levar à cena, para toda a família, foi uma ideia do diretor Alexandre Lino, que criou o  Projeto “Música Clássica no Teatro para Toda Família”. Depois de Tchaikovsky virá (tomara!) Chopin, Bach, Vivaldi e Beethoven. Estes são os planos de Alexandre, e ele não está só. O autor Daniel Porto, que já  nos deu, em 2016, o texto de “A Volupía da Cegueira”, belo espetáculo dirigido por Alexandre - por nós assistido, e jamais esquecido. 

     Alexandre Lino é aquele ator que veio de longe e se firmou como grande talento para o teatro. Antonio Abujamra sempre disse que os pernambucanos fazem um teatro admirável. Lino é pernambucano, porém optou por fazer sucesso no Rio de Janeiro, desde 1993, e já fez muito sucesso. Eis que agora, junto com Daniel Porto e Juliana Martins (atriz), nos apresenta “O Lago dos Cisnes”!  Vejam só:

     Aquele “cisne” tão diferente que nos chamou a atenção, nos anúncios dos ônibus, acabou se transformando em uma  experiência tão linda e poética, que esta crítica não resistiu à ideia de escrever sobre ele. 

     O que ouvimos, no início do espetáculo, é a melodia maravilhosa de Tchaikovsky em o Canto do Cisne (A Morte do Cisne?), e aquele monte de lixo se agitando. É o lago! E uma voz vai narrando para as crianças a historia de Odette, seu príncipe Siegfried, e a maldição de Rothbart, o feiticeiro. E a maldade de sua filha, Odile.  

     Aliás, as cenas todas são apresentadas com simplicidade e força, característica de uma obra de arte. A entrada de Odile no baile, traindo Odette,  é marcante, como marcante é a tristeza de Odette ao ver o seu sonho desfeito! Sua morte é simulada pela belíssima música de Tchaikovsky e as crianças que assistem ao espetáculo se agitam e comentam: “Ela não morreu, dá um beijinho nela!”  (Para as crianças a morte não existe...).  E não existiu, mesmo, neste espetáculo, que é desenvolvido com a sensível atuação de Juliana, neste solo em que representa Odette/Odile. Juliana não é uma bailarina, mas se saiu muito bem na simulação de uma personalidade delicada e gentil (e feroz, interpretando Odile), como deve ser a personalidade de uma bailarina. Ótima atriz, Juliana Martins! 

     Os idealizadores deste espetáculo estão de parabéns. Aconselhamos este belo momento que se estabelece nos fins de semana no Teatro PetroRio Das Artes, Shopping da Gávea. Não percam! A trilha sonora original (pois Tchaikovsky é saudado em diversos momentos, e de diversas maneiras), é de Alex Fonseca (inacreditável, para quem adora este balé!).  A direção de Arte é de Karla de Luca e a Iluminação de Paulo Denizot. A Consultoria sobre “Cisnes & Direção de Movimento” é de Giselda Fernandes. Assistente de Direção, Rodrigo Salvadoretti (atualmente interpretando o Rei Arthur jovem, em “Merlin e Arthur -  Um Sonho de Liberdade” – outro momento teatral inesquecível). Assessoria de Imprensa Minas de Ideias. A  Idealização do espetáculo é de Alexandre Lino.              

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