"O LAGO DOS CISNES"
Juliana Martins interpretando Odile em "O Lago dos Cisnes", direção de Alexandre Lino (Foto de Janderson Pires) |
Juliana Martins interpretando Odette, em "O Lago dos Cisnes", texto de Daniel Porto. (Foto de Janderson Pires).
IDA
VICENZIA
(da
Associação Internacional de Críticos de Teatro – AICT)
(Especial)
Que ideia tão linda! “Sou planta, sou gente? De que mundo surgi?” – e lá vai ela,
nas janelas dos ônibus, nos cartazes do teatro, chamando a atenção de quem
adora ballet! É a imagem de Odette, do “Lago
dos Cisnes”, de Tchaikovsky!
Levar à cena, para toda a família, foi uma
ideia do diretor Alexandre Lino, que criou o Projeto “Música Clássica no Teatro para Toda
Família”. Depois de Tchaikovsky virá (tomara!) Chopin, Bach, Vivaldi e
Beethoven. Estes são os planos de Alexandre, e ele não está só. O autor Daniel
Porto, que já nos deu, em 2016, o texto
de “A Volupía da Cegueira”, belo espetáculo dirigido por Alexandre - por nós
assistido, e jamais esquecido.
Alexandre Lino é aquele ator que veio de
longe e se firmou como grande talento para o teatro. Antonio Abujamra sempre
disse que os pernambucanos fazem um teatro admirável. Lino é pernambucano, porém
optou por fazer sucesso no Rio de Janeiro, desde 1993, e já fez muito sucesso. Eis
que agora, junto com Daniel Porto e Juliana Martins (atriz), nos apresenta “O
Lago dos Cisnes”! Vejam só:
Aquele “cisne” tão diferente que nos chamou
a atenção, nos anúncios dos ônibus, acabou se transformando em uma experiência tão linda e poética, que esta
crítica não resistiu à ideia de escrever sobre ele.
O que ouvimos, no início do espetáculo, é
a melodia maravilhosa de Tchaikovsky em o Canto do Cisne (A Morte do Cisne?), e
aquele monte de lixo se agitando. É o lago! E uma voz vai narrando para as
crianças a historia de Odette, seu príncipe Siegfried, e a maldição de
Rothbart, o feiticeiro. E a maldade de sua filha, Odile.
Aliás, as cenas todas são apresentadas com
simplicidade e força, característica de uma obra de arte. A entrada de Odile no
baile, traindo Odette, é marcante, como
marcante é a tristeza de Odette ao ver o seu sonho desfeito! Sua morte é
simulada pela belíssima música de Tchaikovsky e as crianças que assistem ao espetáculo
se agitam e comentam: “Ela não morreu, dá um beijinho nela!” (Para as crianças a morte não
existe...). E não existiu, mesmo, neste
espetáculo, que é desenvolvido com a sensível atuação de Juliana, neste solo em
que representa Odette/Odile. Juliana não é uma bailarina, mas se saiu muito bem
na simulação de uma personalidade delicada e gentil (e feroz, interpretando
Odile), como deve ser a personalidade de uma bailarina. Ótima atriz, Juliana
Martins!
Os idealizadores deste espetáculo estão de
parabéns. Aconselhamos este belo momento que se estabelece nos fins de semana
no Teatro PetroRio Das Artes, Shopping da Gávea. Não percam! A trilha sonora
original (pois Tchaikovsky é saudado em diversos momentos, e de diversas
maneiras), é de Alex Fonseca (inacreditável, para quem adora este balé!). A direção de Arte é de Karla de Luca e a Iluminação
de Paulo Denizot. A Consultoria sobre “Cisnes & Direção de Movimento” é de
Giselda Fernandes. Assistente de Direção, Rodrigo Salvadoretti (atualmente
interpretando o Rei Arthur jovem, em “Merlin e Arthur - Um Sonho de Liberdade” – outro momento teatral
inesquecível). Assessoria de Imprensa Minas de Ideias. A Idealização do espetáculo é de Alexandre Lino.
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