direção Moacir Chaves.
(Fotos Divulgação).
IDA VICENZIA
(da Associação Internacional de Críticos
de Teatro - AICT)
(Especial)
IMAGINA ESSE PALCO QUE SE MEXE
Ora, Ora! Agora estamos às voltas com a
ciência! A que espetáculos nos leva a imaginação do diretor Moacir Chaves. O
último deles, "2.500 por hora", se propunha a contar a historia do
teatro em 60 minutos. Uma verdadeira maratona teatral. Agora, estamos às voltas
com a historia da humanidade desde seus
primórdios, quando "saímos" da água e viramos seres rastejantes...
Aliás, idéias impactantes. A primeira delas foi pensada por dois franceses, a
segunda pelo nosso Moacir Chaves em parceria com o físico João Ramos Torres de
Mello Neto... e as quatro atrizes que compõe a cena: Elisa Pinheiro, Karen
Coelho, Luisa Pitta e Monica Biel. O embrião da ideia começou em um jantar de
aniversario do diretor...
Pano de fundo negro, revestido por estrelinhas
cintilantes, platéia de 35 espectadores, quatro atrizes se revezando (todas
elas excelentes), e eis que entramos em ligação direta com o cosmos! Trata-se
de um espetáculo inesperado, e a curiosidade humana, unida ao inevitável da sua
evolução, leva-nos a uma aventura sui
generis - nunca antes registrada no palco - com (esse aspecto de)
constatação da vida, e, ao mesmo tempo, vivência da mesma. Tal acontecimento
torna-se possível graças à narrativa do astrofísico Mello Neto... relatando-nos,
com seu texto, a sua própria experiência como cientista e pesquisador, teatralizada
por Moacir Chaves.
Impossível reproduzir as nuances dessa aventura.
Talvez, as que mais nos ficam na memória sejam as sutilezas dos encontros
celestes, as descobertas dos buracos negros... e as conseqüências desses "encontros"
para os habitantes do planeta Terra! Todo o relatado é feito com muito espanto
e poesia.
Um aspecto que ficou marcado em nossa
surpresa foi a cegueira do personagem de Monica Biel, colocada ali como se
fosse explodir, de um momento para outro, em revelação!
UM
ESPETÁCULO IMPERDIVEL!!!!!!
Na ficha técnica
temos a iluminação de Paulo Cesar Medeiros; texto coletivo, extraído da
narrativa de Mello Neto; "experimentação teatral" dirigida por Moacir
Chaves, com assistência de direção de Francisco Ohanna. Figurinos do cotidiano,
alguns de rara beleza (Inês Salgado). Direção Musical Tato Taborda.
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