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quinta-feira, 12 de julho de 2018

"COMEMORAÇÃO DOS 50 ANOS DA 1ª FEIRA PAULISTA DE OPINIÃO"


É HOJE!  TEATRO IPANEMA ÀS 20H
DIA 20 DE JULHO!

O diretor Mario Sergio Medeiros em ação


Elenco e Diretor de "A Lua muito Pequena e a caminhada Perigosa", Diário de Che Guevara, adaptação Augusto Boal, direção Mario Sergio Medeiros.
(Foto Ida Vicenzia Flores)


IDA VICENZIA
(da Associação Internacional de Críticos de Teatro – AICT)
(Especial)
                COMEMORAÇÃO  DOS  50  ANOS  DA
                 “1ª FEIRA  PAULISTA  DE  OPINIÃO”

     Os acontecimentos de 1968, a repressão do governo, a censura, o ataque à inteligência dos artistas, esse era o nosso dia a dia. O ano era 1968. Ele  ficou na memória. Hoje celebra-se, em todo o Brasil, a lembrança das lutas travadas contra o arbítrio. E ela se aproxima, novamente, de nós! Hoje alguns Estados, como o Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro relembram os acontecimentos de ontem, e se recusam a admitir a sua repetição! Naqueles Estados os acontecimentos foram vividos com grande intensidade, e nada mais justo que se rememore, para que não voltem a acontecer!

     Em São Paulo, onde a Feira nasceu, os anos eram de luta e a ideia dos artistas era romper o isolamento em que a repressão jogara o teatro paulista e, por consequência, o teatro brasileiro. Eram os anos em que Augusto Boal, Gianfrancesco Guarnieri, Lauro Cesar Muniz, Braulio Pedroso, Plinio Marcos e, Jorge Andrade, e muitos outros artistas realizavam um teatro político. Artistas que estão em nossos corações. Talvez, por falta de tempo para os ensaios, ou por urgência na data da apresentação, dia 20 de julho, alguns tenham ficado fora das comemorações, como é o caso de Guarnieri, ele que foi um dos propulsores dos acontecimentos. Sua peça, “Animalia”, não chegou a ser ensaiada pela Companhia dos Atores da Fábrica, de Nova Iguaçu, mas ele está sendo homenageado em nosso coração. Os Atores da Fábrica ficaram com Plinio Marcos e o seu “Verde que te quero Verde”.

     Um outro grupo de atores foi dirigido pelo Coordenador de Dramaturgia da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (Sbat), Mario Sergio Medeiros. Ele possui tradição como diretor.

          Eis os atores que aderiram à homenagem. Eles são citados em ordem alfabética:

     Alexandre David (lendo Guevara), Ângela Valerio (Sr. Doutor), Cecília Rangel, Felipe Mariano (Romão), Fernanda Bontempo (Professora), Junior Prata (Delegado), Karina Diniz (Agente da SUPRA), Lucia Farias, Luciana Albertin, Mara Souto, Marcia do Valle (Sr. Doutor II), Maria Rita Rezende (Secretaria), Roberta Mancuso, Gisele Heine, Wilton Cruz (capitão Gary Prado). Alguns dos atores são do grupo de Mariozinho Telles e Maria Rita Rezende e estiveram na recente montagem de “Romeu e Julieta”, na Casa de Cultura Laura Alvim. Outros atores, como Marcia do Valle, Ângela Valerio, Alexandre David, Cecília Rangel, Junior Prata, Felipe Mariano e outros mais, vem de experiências em televisão e teatro. São ótimos atores, os que estão prestigiando esta homenagem aos criadores da 1ª Feira Paulista de Opinião.    

      As peças lidas (e, em alguns casos, interpretadas), obedecem a seguinte  ordem de apresentação: Augusto Boal – “A Lua muito pequena e a caminhada Perigosa” – de Boal, adaptada do “Diário de Che Guevara”.

     Lauro Cesar Muniz “O Líder”; Braulio Pedroso “O Senhor Doutor” e Jorge  Andrade “A Receita”. O grupo de Nova Iguaçu, Cia. dos Atores da Fábrica, apresentará a citada peça de Plínio Marcos.  

     A colaboração nos figurinos é de Edson Branco, e esta crítica que vos escreve teve o prazer de assistir a Direção de Mario Sérgio Medeiros. No final das apresentações haverá um debate sobre os textos.

     Trata-se de uma iniciativa do Instituto Augusto Boal, que contou com a presença e o apoio da esposa do autor e diretor, Cecília Boal, e é também uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (Sbat). A Companhia de Atores da Fábrica, de Nova Iguaçu, também faz parte desta homenagem, para a qual estamos estendendo o nosso carinho a todos os presentes. A TODOS OS AMANTES DO TEATRO!

 VIDA LONGA AO INSTITUTO AUGUSTO BOAL, À SOCIEDADE BRASILEIRA DE AUTORES TEATRAIS (SBAT) E AOS ATORES DA FÁBRICA, DE NOVA IGUAÇU!

     Queremos, com esta manifestação preservar a memória de 1968, através do movimento que eclodiu no Teatro de Arena de São Paulo e repercutiu no Brasil.

        A questão “O que pensa você do Brasil de hoje?” foi colocada por Augusto Boal, nos idos de 60. Como vimos, ela continua mais viva do que nunca! Hoje podemos refazer esta pergunta e ela deve ser respondida (haverá um debate, após a leitura), enquanto ainda houver tempo de reagirmos como classe, e como cidadãos: “O que você pensa do Brasil de Hoje – 2018”? ... Eis uma boa pergunta.

     Aguardamos vocês, nosso querido público de teatro, atores, artistas,  companheiros, no dia 20 de julho, às 20h, quando serão lidas pequenas peças, e celebrada a nossa aproximação. Até lá. E BOM ESPETÁCULO!        

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